Constelação familiar sjc

O que acontece na infância não fica na infância. A forma como fomos cuidados e acompanhados tem um forte impacto em como iremos reagir às situações na vida adulta.

Nossa infância é uma das fases mais importantes de nossas vidas, pois é nesse período que somos moldados e aprendemos a lidar com nossas emoções e situações desafiadoras e interpretamos com a maturidade que tínhamos na época. O que sentimos naquele momento ficou ancorado com pensamentos e sensações, que podem influenciar nossas reações futuras.

À medida que crescemos, nossa mente adulta dá novos significados para o que aconteceu, o que nos deixa conscientemente “bem resolvidos”. No entanto, quando vivenciamos situações em que temos sentimentos parecidos com os que experimentamos na infância, esses sentimentos podem ser um gatilho para reações automáticas que nos fazem agir como crianças.

Essa postura de evitar entrar em contato com nossos sentimentos mais profundos pode dificultar as relações afetivas, nos fazer perder a coragem de tocar um grande projeto, negligenciar a saúde e até mesmo afetar nosso corpo de forma negativa. Sentimentos pesados como medo, raiva, injustiça, tristeza ou vergonha podem se manifestar de forma física, gerando doenças e outros problemas de saúde.

A criança que fomos um dia ainda permanece com a gente, e sempre terá grande influência em nossa vida.  Ignorar ou não querer cuidar dessa da criança interior só nos trará infelicidade, desequilíbrios e muita mágoa.

Por isso, é importante nos conhecermos melhor e entrar em contato com nossas emoções mais profundas. Isso não significa que devemos reviver traumas do passado, mas sim que devemos buscar entender como essas emoções influenciam nossas ações e como podemos lidar com elas de forma mais saudável.

Uma forma de fazer isso é por meio do autoconhecimento, que pode ajudar a identificar padrões de comportamento e pensamento que podem estar nos sabotando. Além disso, a meditação e outras práticas de mindfulness também podem ser úteis para nos ajudar a entrar em contato com nossas emoções e aprender a lidar com elas de forma mais saudável.

Como isso se apresenta?

Para se sentir aceita, a criança entende que não pode errar. Cresce um adulto perfeccionista e autocrítico.

Para sentir que tem valor, a criança precisa ser forte. Cresce um adulto que reprime suas emoções e não demonstra vulnerabilidade.

Para não ser abandonada, a criança aprende que precisa ser boazinha. Cresce um adulto que agradável demais e faz de tudo para evitar conflitos, abrindo mão da própria autenticidade.

Em qualquer um dos casos, há uma ferida emocional.

Como superar?

A fim de superar as limitações decorrentes da infância, é preciso identificar a causa raiz do problema, reavaliar o ocorrido e desenvolver novos padrões de pensamento e comportamento. Assim, você poderá adotar atitudes que o ajudarão a alcançar a vida que deseja.

Dar prioridade à sua saúde mental e emocional, em vez de se preocupar em agradar a todos, é um passo crucial no processo de aprender a cuidar de si mesmo. Ensinar a nossa criança interior a viver de forma autêntica significa mostrar que nosso valor não depende da aprovação externa.

Da mesma forma, precisamos abandonar a ideia de perfeição e respeitar nossos próprios limites. É fundamental repensar a forma como lidamos com erros e desaprovações, para que nossa autoestima não seja baseada apenas nas reações dos outros.

Espero que este texto tenha sido útil para você e tenha ajudado a ampliar sua compreensão sobre o assunto. Se quiser saber mais sobre o assunto, deixe sua pergunta abaixo. Sua opinião ou sugestão de temas também são bem vindas. Até a próxima!

Um comentário em “Como a infância molda nossas emoções e comportamentos na vida adulta”

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