Os filhos olham para o pai com o olhar da mãe, eles esperam a aprovação da mãe para amá-lo.
O conflito entre pais é uma situação difícil para os filhos, que muitas vezes se vêem obrigados a escolher um lado. Isso é ainda mais complicado quando a mãe, por conta de mágoa ou ressentimento, afasta os filhos do pai, gerando uma exclusão que pode afetar a dinâmica familiar e até mesmo a realização pessoal dos filhos no futuro.
Os filhos, ainda, por lealdade a dor da mãe, não sentem que podem se aproximar desse pai.
E quando isso acontece, em muitos casos, os filhos se voltam contra a sua mãe, por lealdade ao pai. Culpam a mãe por essa distância. Esse movimento, na maioria das vezes é inconsciente. A relação com a mãe se torna cada dia pior e eles nem fazem idéia que o motivo seja esse.
No coração dessa criança existe um conflito muito grande. Por mais que ela “entenda” e acolha a dor da mãe, ela ama os dois igualmente e sente falta desse pai.
Mas por que é tão importante incluir o pai no sistema familiar, mesmo que ele não tenha um convívio diário com os filhos? A resposta é simples: a figura paterna é fundamental na formação da identidade dos filhos e na sua relação com o mundo.
A exclusão paterna pode gerar sentimentos de rejeição, vazio e falta de propósito nos filhos. Isso porque, por mais que eles entendam a dor da mãe e a apoiem, eles amam e sentem falta do pai. Quando essa falta não é reconhecida e incluída na dinâmica familiar, os filhos podem se sentir incompletos e sem uma referência positiva de masculinidade em suas vidas.
Além disso, a forma como os filhos se relacionam com o pai pode afetar a sua relação com outras figuras de autoridade, como chefes e professores, e até mesmo com parceiros românticos no caso das mulheres. A exclusão paterna pode gerar padrões de comportamento negativos, como medo de abandono e dificuldade em confiar em outras pessoas.
A inclusão do pai no sistema familiar, mesmo que seja de forma simbólica, é uma forma de respeitar o seu lugar de direito e de honrar a sua contribuição para a formação dos filhos. É uma forma de reconhecer que, mesmo que ele tenha falhado em alguns aspectos, ele ainda é uma parte importante da história da família e merece ser incluído.
Para incluir o pai no sistema familiar, é importante buscar apoio terapêutico, como uma sessão de constelação familiar. Essa técnica é capaz de revelar sentimentos ocultos e padrões de comportamento negativos que estão afetando a dinâmica familiar. Com a ajuda de um terapeuta, os membros da família podem trabalhar juntos para incluir o pai de forma saudável e positiva.
Mas a inclusão paterna não significa necessariamente manter um convívio diário. Em alguns casos, o pai pode ter falecido, não desejar contato com os filhos ou mesmo não ser conhecido. Nesses casos, é possível incluí-lo de forma simbólica, honrando a sua contribuição e reconhecendo o seu lugar na história da família.
A inclusão paterna é fundamental para a construção de relações familiares mais saudáveis e felizes. É uma forma de respeitar o passado e construir um futuro melhor para todos os membros da família. Não deixe que a exclusão paterna afete a sua realização pessoal e o seu lugar no mundo. Invista em si mesmo e na sua família, buscando apoio terapêutico e trabalhando juntos para incluir o pai de forma saudável e positiva na dinâmica familiar.
Se você identificou exclusão na sua família, é importante buscar apoio terapêutico para incluir a figura paterna e transformar essa dinâmica negativa. A constelação familiar é uma técnica avançada de terapia que pode ajudar a revelar sentimentos ocultos e a promover a reconciliação e a harmonia entre os membros da família.